quinta-feira, 24 de junho de 2010

Editorial

Jornal Trilha Cultural
Ano VII - Nº 13
Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Junho de 2010

EDITORIAL

Estamos vivendo uma nova era, era de globalização e de novas tecnologias digitais, em que as distâncias encurtaram, o mundo se tornou mais próximo e o homem se prepara para viagens siderais.
Era de descobertas fantásticas na área da Ciência, da Tecnologia, do Conhecimento e do Desenvolvimento Intelectual e Humano.
Era em que o homem, dono de uma inteligência ímpar, ainda age como o mais ínfimo e irracional dos animais, destruindo as nossas reservas naturais, dizimando a nossa fauna e flora, poluindo com a fumaça e os resíduos que saem das suas fábricas, a água que nos desdenta, o ar que respiramos e o solo em que retiramos os alimentos.
É preciso que o homem conscientize que não é dono do Universo, é apenas beneficiário das riquezas e dádivas que a natureza oferece. O que aqui encontra ao chegar, deve ser usado e não desperdiçado, ser aproveitado e não depredado, para que as gerações futuras ao aqui chegarem possam delas usufruir.
É preciso que o homem reflita que a degradação que existe ao nosso redor tem nome: descaso e despreparo dos representantes políticos que elegemos, ambição desmedida daqueles que só querem acumular riquezas, sucesso e prestígio social.
Neste contexto de desolação, vivemos nós em Hidrolândia, terra de gente hospitaleira, amiga e trabalhadora, que com o suor do trabalho constrói as páginas da sua história.
Cidade das águas, água que nasce das suas fontes, é engarrafada e comercializada em outras Cidades e Estados. Mas ironicamente a “Cidade das Águas”, tem o Ribeirão Grimpas totalmente poluído, degradado e devastado, cujas águas esbranquiçadas pelos detritos e resíduos industriais correm pelo seu leito, exalando um mau-cheiro insuportável e desagradável. Antes, o Ribeirão Grimpas com suas águas límpidas e puras, corria majestoso fertilizando os quintais.
O ar puro de Hidrolândia que se respirava tempos atrás, perfumado pelas flores das laranjeiras ou dos seus cafezais, substituído em setembro pelo odor das jabuticabeiras floridas já não existe mais. Hoje, o ar que respiramos, já não é puro, pois o mau cheiro exalado das indústrias sufoca, nauseia, polui e impregna todo o ar.
O cerrado que era nosso orgulho, está quase todo desmatado criando-se em seu lugar pastagens ou condomínios fechados.
E o que falar das nossas nascentes? Estão quase todas desprotegidas, esgotadas, porque a vegetação nativa que as cobriam e protegiam estão sendo arrancadas.
É preciso, hidrolandenses, que abramos nossos olhos e viremos a jogada, lutando pelos nossos direitos, exigindo das autoridades medidas cabíveis, para corrigir os erros, ensinando as indústrias a produzirem, sem poluir, a água, o solo e o ar, afinal de contas, é possível conciliar desenvolvimento, progresso e preservação ambiental.

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